terça-feira, 20 de março de 2018

Sobre o atropelamento de uma ciclista pelo veículo autônomo



Desde ontem, 19/03/2018, circulam notícias da fatalidade ocorrida com um carro autônomo do Uber, a vítima foi uma ciclista que não foi identificada pelos sistemas ou mesmo pelo "motorista" do veículo.

Algumas considerações são importantes nessa situação:

O veículo em questão (Volvo XC60) tem nivel de automação 3, este nível exige atenção constante do "motorista" para intervir ao menor sinal de resposta errada do veículo. Algumas montadoras sequer consideram esse nivel de automação como efetiva só trabalhando com os níveis 4 e 5.

O veículo estava aproximadamente 10% acima do limite de velocidade da via, que é de 35 milhas. A via era mal iluminada e a vítima vinha pedalando a bicicleta e atravessou na frente do carro, portanto mesmo a despeito da inobservância do "motorista" nada garante que o mesmo não ocorreria se fosse um carro comum.

Desenvolvimento tecnológico (carros autônomos) é tão sujeito a acidentes quanto o uso da tecnologia atual e difundida (carros sob controle humano).

Em analogia quando George Stephenson criou a sua primeira locomotiva, e obviamente uma linha férrea, houve o atropelamento de um desavisado na viagem de demonstração, obviamente é um caso completamente diferente, mas a presença do inventor foi de colocar o ferido no trem e imediatamente o levar para a cidade de destino onde tivesse tratamento médico. A pessoa morreu, mas se deram conta de que trens poderiam salvar vidas, assim como veículos autonomia também salvarão.

Outra consideração é que nas várias maneiras de agrupar veículos autônomos podemos citar que existem os adaptados (maioria hoje em dia) e os especificamente desenvolvidos e com tecnologia apurada. Até chegarmos no segundo grupo ainda vamos passar por muitos calos da adaptação de veículos atuais.

Suspender testes não vai resolver, é apenas uma decisão preventiva e de relações públicas.